18/05/2017

OEE – O Poder da Gestão de Perdas

OEE O poder da Gestão de Perdas

Seguindo a nossa série de artigos no Mês do OEE, vamos explorar sobre como controlar o OEE e, principalmente, gerenciar as Seis Grandes Perdas.

Controlar o OEE, na verdade, é controlar as Seis Grandes Perdas. Se eu sei quais e quantas foram as perdas da minha máquina ou equipamento, eu consigo calcular o OEE.

Esse controle pode ser manual. O problema de controles manuais é que eles são muito imprecisos e estão sujeitos à boa vontade dos operadores que, em geral, também são cobrados pelo desempenho da máquina.

Além disso o controle manual do OEE não consegue captar uma das 6 Grandes Perdas: as Pequenas Paradas. Justamente porque são pequenas acabam não sendo apontadas pelo operador. Os operadores de máquina acabam criando uma “tolerância” para definir o que eles apontam ou não.

A imprecisão dos apontamentos manuais é tanta que já presenciamos caso do OEE de uma máquina cair em mais 15 pontos percentuais quando a empresa saiu do apontamento manual para o automático.

Portanto o apontamento automático é muito mais interessante. Ele traz com precisão o OEE de sua máquina ou equipamento, você só precisa se certificar que as perdas são bem apontadas.

Mas como esses sistemas de controle automático do OEE funcionam?

Existem vários sistemas no mercado, mas todos eles partem de uma premissa básica: quem diz se a máquina está parada ou rodando é a própria máquina, não o operador.

Basicamente você configura a máquina – através de seu CLP ou dispositivo externo – para enviar um sinal para esse sistema toda a vez que completar um ciclo. O sistema então compara o tempo entre sinais que está recebendo com o tempo de ciclo padrão para aquele produto que está configurado previamente no sistema, conforme figura abaixo.

Ciclos vs Sinal

Ciclo Padrão vs Ciclo da Máquina

Com isso, esses sistemas de monitoramento conseguem controlar em tempo real quatro das Seis Grandes Perdas – apenas as duas Perdas de Qualidade devem ser inseridas manualmente.

Basicamente, o indicador de Produtividade é determinado pelos atrasos desses sinais em relação ao tempo padrão, o que configura Pequenas Paradas ou Velocidade Reduzida.

Para diferenciar uma Pequena Parada de uma Parada de Máquina se deve configurar no sistema uma Tolerância Padrão. A partir de quanto tempo sem um sinal esperado entendemos que a máquina está parada?

Por exemplo, se configuramos essa tolerância para 30 segundos, toda a vez que um sinal atrasar 30 segundos em relação ao ciclo padrão o sistema entende que a máquina parou e pede para o operador colocar um Código de Parada.

Ao retomar o ciclo da máquina, o sistema automaticamente entende que a máquina voltou a funcionar e registra o Código de Parada inserido e o tempo que ele durou. Assim se constitui o indicador de Disponibilidade.

Portanto esses sistemas de monitoramento automático de máquinas são extremamente robustos e nos permitem inúmeras análises. Podemos ver tendências de OEE, Disponibilidade, Produtividade e Qualidade. Podemos inclusive ver tendências e Pareto das paradas apontadas. Podemos comparar o desempenho entre turnos de trabalho ou operadores, por exemplo. Portanto eles viabilizam a Gestão das Perdas!

Mas o que eu faço com tantas informações sobre OEE?

De maneira simples: analise de forma inteligente.

Decomponha cada um dos indicadores que compões o OEE e entenda qual desses indicadores realmente está impedindo a evolução do OEE. Então decomponha o indicador.

Vamos falar de Disponibilidade que, normalmente, é a pedra no sapato de quase todas as empresas. A maior parte do OEE se vai devido a Falhas e Quebras e Setups e Ajustes. Se fizermos um Pareto das Paradas de Máquina podemos verificar onde estão as maiores perdas e atuar sobre elas.

Vamos supor que a sua maior perda seja por Setup. É preciso então entender se são feitos muitos Setups ou se o tempo dos Setups é muito longo e, nos piores casos, os dois podem ser verdadeiros. Todas essas informações são possíveis de tirar do Sistema de Monitoramento.

A tratativa para muitos Setups é diferente da tratativa para Setups longos. Muitos Setups pode ser um problema de planejamento ou de erro na definição do tamanho do lote de produção. Setups longos é um problema de método, preparação e, até mesmo, investimento na máquina.

A verdade é que o entendimento do problema e análise da causa-raiz pode nos levar para diferentes caminhos, mas todos eles com um mesmo fim: o aumento do OEE.

É importante que essa abordagem não seja pontual, mas sistemática, se queremos uma melhoria consistente do OEE. Sempre incluo nos artigos sobre Gestão de Processos que a gestão do desempenho deve ter um fórum próprio, a parte da Gestão do Dia-a-Dia, e o OEE é mais um desses casos.

No próximo artigo iremos mostrar um case da instalação de um Sistema de Monitoramento Automático de Máquinas em uma Célula de Manufatura. Imperdível!

Não perca a nossa série:
OEE – O Indicador de Alto Desempenho
OEE – O Poder da Gestão de Perdas
Estudo de Caso | OEE em uma Célula de Manufatura

Estudo de Caso | Rotina de Gestão do OEE

OEE | Controle, Gestão e Melhoria (Webinar 22-Jun-2017)

 


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