É muito comum que empresas procurem consultoria para que os ajudem com treinamento e divulgação dos conceitos e técnicas de 5S e, depois disso feito, mostrar os ganhos do trabalho: quilos de material jogados fora, espaço economizado, uma nova organização e limpeza, fotos do ‘antes e depois’ estampam painéis no chão de fábrica e seus meios de comunicação. O problema é quando tudo isso pára nesse ponto.

Publicações como ‘Toyota Kata’ de Mike Rother e ‘Creating a Lean Culture’ de David Mann, reforçam a necessidade de um sistema muito mais amplo do que apenas implantar a ferramenta certa no lugar certo.
É preciso disciplina, é preciso um gerenciamento do processo e não dos resultados. Só assim as melhorias alcançadas se sustentarão e o sistema deixará de depender de seus criadores.

O que quero dizer é que os 5S não deveriam ser vistos como sensos – palavra que foi utilizada para ajudar na tradução – mas sim como degraus. Na verdade os quatro primeiros ‘sensos’ são um caminho para chegar à disciplina.
Essa disciplina fará com que os funcionários sigam um trabalho padrão ou quadro kanban, que parem as máquinas para uma manutenção preventiva ou que sigam o plano de manutenção autônoma. Essa disciplina que dará estabilidade para o processo e fará com que o planejado seja mesmo o realizado.

Enfim, mostrar o quão limpa e organizada é sua fábrica de nada vale se todos os dias o fluxo não é obedecido, se a gestão visual não é utilizada e se as pessoas na hora do desespero esquecem totalmente ‘esse tal de 5S’.

Faça do 5S um meio, e não um fim, dessa maneira os resultados virão e, aí sim, justificarão todo o esforço feito pelo caminho.

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