03/07/2014

Brasil: Terra dos Chapeuzinhos Amarelo?

“Era a Chapeuzinho Amarelo.Chico Buarque – Chapeuzinho Amarelo
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.”
“E de todos os medos que tinha, o medo mais que medonho era o medo do tal LOBO.
Um LOBO que nunca se via… que vai ver o tal do LOBO nem existia.”
“Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Um LOBO que não existia.”

Os trechos acima foram tirados do livro infantil Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque e brilhantemente ilustrado por Ziraldo.
Leio esse livro quase todas as noites para meu filho e ele me traz uma reflexão importante sobre um comportamento comum no povo brasileiro: o medo.
O Brasil vive com medo. Alguns já se foram, como dívida externa na década de 80, alguns pontuais, como Regina Duarte nas eleições de 2002 e outros que nos rodam a tempos, como a temida volta da inflação.
O problema é quando o medo de uma situação acaba fazendo com que ela aconteça.

“E Chapeuzinho Amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com o LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele, que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO
e principalmente um bocão tão grande
que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa,
sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.”

Esse medo também está presente nas empresas do Brasil. Essas empresas têm medo de tanta coisa que acabam por encontrar esse medo.
“Tenho medo de treinar as pessoas e elas irem embora” – e então elas não treinam. As pessoas não se sente valorizadas, desafiadas e vão embora – “Está vendo? Imagina se tivesse investido em treinamento dessas pessoas?”
“Tenho medo da volta da inflação” – então deixa eu aumentar um pouco meu preço agora para garantir o meu rendimento. E a inflação começa a subir.
“Tenho medo de uma crise financeira” – então deixa eu segurar todos os meus investimentos. E a crise acontece.
Ser empresário ou principal executivo de uma empresa é sinônimo de risco. A todo momento fazemos apostas, algumas mais certas e outras menos. Faz parte da profissão.
O que é necessário é saber analisar os risco dessa apostas e, principalmente, saber distinguir as apostas que precisam ser trabalhadas daquelas que precisam ser abandonadas. E isso vale para tudo: pessoas, processos, negócios, mercado e estratégia.
Muitas vezes, quando enfrentamos nossos medos as coisas funcionam. E então percebemos como aquele medo não fazia sentido e nos preparamos para enfrentar os outros que estão por vir.

“Mas o engraçado é que, assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho foi perdendo aquele medo.
O medo do medo do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.”

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